NEURÔNIOS
Todos
os estímulos do nosso ambiente causam, nos seres humanos, sensações
como dor e calor. Todos os sentimentos, pensamentos, programação
de respostas emocionais e motoras, causas de distúrbios mentais, e qualquer
outra ação ou sensação do ser humano, não
podem ser entendidas sem o conhecimento do processo de comunicação
entre os neurônios.
Os neurônios são células especializadas, que junto com as
células gliais formam o sistema nervoso.
Os neurônios são constituídos fundamentalmente por:
Corpo Celular, ou também conhecido como soma, é a região onde está o núcleo e a maioria das estruturas citoplasmáticas;
Dentritos (do grego dendron, que significa árvore) são prolongamentos geralmente muito ramificados. Eles são responsáveis pelo recebimento dos sinais;
Axônio (do grego axoon, que significa eixo) só possui ramificações na extremidade. Ele é responsável por conduzir os sinais;
Contatos Sinápticos, ou sinapses, são responsáveis por transmitir as informações de uma célula para outra célula.
Além destas estruturas os neurônios possuem outras, devido o seu
nível de especialização. Dentre elas podemos citar a bainha
de mielina.
Alguns neurônios têm seus axônios envolvidos por um tipo celular
denominado célula de Schwann. As células de Schwann determinam
a formação da bainha de mielina - invólucro lipídico
que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do impulso
nervoso. Entre uma célula de Schwann e outra existe uma região
de descontinuidade da bainha de mielina, denominada nódulo de Ranvier.
A parte celular da bainha de mielina, onde estão o citoplasma e o núcleo
da célula de Schwann, constitui o neurilema.
O percurso do impulso nervoso no neurônio é sempre no sentido
Dendrito
Corpo Celular
Axônio.
SINAPSES
Imagem
obtida do site:
http://www.epub.org.br/cm/n07/fundamentos/neuron/rosto.htm
Um impulso é transmitido de uma célula a outra
através das sinapses (do grego synapsis, ação de juntar).
A sinapse é uma região de contato muito próximo entre a
extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras
células. Estas células podem ser tanto outros neurônios
como células sensoriais, musculares ou glandulares.
As terminações de um axônio podem estabelecer muitas sinapses
simultâneas. Na maioria das sinapses nervosas, as membranas das células
que fazem sinapses estão muito próximas, mas não se tocam.
Há um pequeno espaço entre as membranas celulares (o espaço
sináptico ou fenda sináptica).
Quando os impulsos nervosos atingem as extremidades do axônio da célula
pré-sináptica, ocorre liberação, nos espaços
sinápticos, de substâncias químicas denominadas neurotransmissores
ou mediadores químicos, que tem a capacidade de se combinar com receptores
presentes na membrana das célula pós-sináptica, desencadeando
o impulso nervoso. Esse tipo de sinapse, por envolver a participação
de mediadores químicos, é chamado sinapse química.
Os cientistas já identificaram mais de dez substâncias que atuam
como neurotransmissores, como a acetilcolina, a adrenalina, a noradrenalina,
a dopamina e a serotonina.
Existe também um outro tipo de sinapse, a sinapse elétrica, onde
íons e pequenas moléculas passam por eles, conectando então
canais de uma célula a próxima, de forma que alterações
elétricas em uma célula são transmitidas quase instantaneamente
à próxima.