Durante muito tempo se pensou que o universo fosse fixo e estático, inclusive Einstein acreditava nisso, por isso acrescentou em suas equações para a relatividade geral um termo apropriado que fizesse com que as suas soluções representassem o universo da forma como ele acreditava ser. Este termo acrescentado é uma constante, chamada constante cosmológica, que era colocada para poder equilibrar a força da gravidade.

        Em 1929, Edwin Hubble, através da descoberta do desvio para o vermelho* da luz emitida pelas estrelas, conclui que o universo não é estático, mas, sim, está em expansão. Com tal fato, Einstein reconhece na constante cosmológica o maior erro de sua carreira. Outro fato também observado por Hubble é que, independente da direção em que se olha, todos os corpos estão se afastando mutuamente. Então, se todo o resto do universo está se afastando da Terra, podemos concluir que a Terra está no centro do universo. Certo?

        ERRADO! Para imaginar melhor essa situação, pegue um balão e desenhe alguns pontos em sua superfície. Comece a enchê-lo. O que acontece com os pontos? Afastam-se ou aproximam-se? Se você prestar atenção, verá que eles estão se afastando. Esse processo é um modelo bidimensional do espaço para a expansão do universo. É exatamente por isso que todos os astros estão se afastando em relação aos outros. Caso se pense em “centro do universo” seria necessário que existisse o “centro da superfície do balão”. Como a superfície não possui centro, então não existe centro do universo!

        Então se nós pudéssemos “voltar o filme” do universo e observar sua evolução no sentido contrário, algumas conclusões poderíamos tirar:


        Interpretando basicamente estes resultados, o físico russo George Gamow propôs o que se chama Modelo Cosmológico Padrão, ou seja, a Teoria do Big Bang.

 

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        *Desvio para o vermelho: O desvio para o vermelho é a manifestação do Efeito Doppler para a luz, ou seja, quando a fonte de luz (estrela) está se afastando do observador (Terra), a luz emitida é percebida por este com uma freqüência menor que a real. No espectro visível, a menor freqüência é a da cor vermelha, por isso dizemos “desvio para o vermelho”.


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